Resumo Biográfico

  • Douglas Elias Belchior, 44 Anos;
  • Professor formado em História pela PUC/SP;
  • Co-fundador do movimento por educação popular e de combate ao racismo Uneafro-Brasil (desde 2009 até o presente);
  • Articulador do movimento Educafro, educação popular e de combate ao racismo (1999-2009);
  • Co-fundador da Coalizão Negra Por Direitos – 2018;
  • Articulador da campanha nacional Tem Gente com Fome, que arrecadou mais de R$ 25 milhões e atendeu mais de 120 mil famílias;
  • Co-coordenador do projeto Jovens Negros e o Mercado de Trabalho, junto ao BANCO MUNDIAL, em parceria com Instituto de Referência Negra Peregum e Afro-Cebrap;
  • Articulador do projeto Agentes Populares de Saúde que, no período da pandemia de Covid 19, levou atendimento médico, psicológico, assistencial e jurídico para centenas de pessoas moradoras de periferias de dezenas de cidades no Estado de São Paulo;
  • Mobilizador de ações de combate ao racismo ambiental;
  • Articulador de delegações do movimento negro para Conferências da ONU sobre as Mudanças Climáticas, COP26 e 27, em Glasgow na Escócia em 2021 e Sharm Sheik no Egito, em 2022;
  • Organizador de missão de delegação do movimento negro ao Congresso Alemão e Espanhol e prefeitura de Paris, na França, para discussão de estratégias para minimizar as degradações do meio ambiente e dialogar sobre a atuação do movimento negro no combate ao racismo no campo e nas cidades – 2021;
  • Articulador, junto à Coalizão Negra por Direitos, de incidências na Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, da Organização dos Estados Americanos, em denúncias de violência policial e violação de direitos humanos;
  • Participações em sessões oficiais da CIDH em Washington nos EUA, Kingston, na Jamaica, e Porto Príncipe, no Haiti.
  • Participações em sessões oficiais da Comissão de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça.
  • Participou de missão junto ao Congresso Norte Americano, para a mobilização de parlamentares para barrar o negrobelchior.com.bracordo de entrega da base aeroespacial de Alcântara, no Maranhão, território quilombola onde vivem mais de 800 famílias. O deputado Hank Johnson (Democratas) recebeu a comitiva da Coalizão Negra e na tribuna exigiu uma consulta pública às comunidades quilombolas antes da realização do acordo. A articulação foi vitoriosa e fez com que o Senado norte-americano vetasse o uso de verbas do governo para fim remoção de quilombolas de seus territórios.
  • Participação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, em Brasília, para denúncia do Pacote Anticrime de Sérgio Moro e propor um projeto de lei que regula a abordagem policial;
  • Integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) biênio 2015-2016; 
  • Coordenador de Articulação de Projetos do Fundo Brasil de Direitos Humanos entre 2017 e 2022; 
  • Aprovado como Fellowship da Fundação Open Society, de fomento à lideranças negras da diáspora africana no ano de 2018-2019;
  • Articulou a formação da Frente Pró-Cotas Raciais do Estado de São Paulo e do Comitê de Luta Contra o Genocídio entre os anos de 2009 à 2015.
  • Colunista e comentarista dos portais UOL, Carta Capital, Rede TVT – Tv dos Trabalhadores e TV247 na Web.
  • Palestrante e Professor convidado para trabalhos nas Universidades do Texas, Universidade de Brown, em Providence, Universidade de San Diego, na Califórnia, e por duas vezes em Harvard & MIT, em Boston.Ganhador do Prêmio Almerinda Farias Gama, da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (SMPIR) da Prefeitura de São Paulo (2017); Prêmio Zumbi dos Palmares, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – ALESP – (2016); Prêmio Benedicto Galvão, da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB-SP (2015); Prêmio Movimento Nacional dos Direitos Humanos (2015); Prêmio Virada Sustentável, da Catraca Livre (2014).

Biografia Completa

Douglas Belchior é professor formado em História pela PUC/SP, tem 44 anos e atua desde a juventude em defesa da educação e dos direitos da população negra e trabalhadora. É co-fundador do movimento por educação popular e de combate ao racismo Uneafro-Brasil, organizados em mais de 40 núcleos de educação popular de cursinhos comunitários nas periferias de SP, RJ e no Quilombo Rio dos Macacos-BA. O trabalho feito pelos cursinhos tem sido estratégico para garantir aos estudantes a possibilidade real de acesso à Universidade. Ao mesmo tempo que prepara os alunos para o vestibular, fazem a disputa pela ampliação de vagas de empregos e incidem por políticas de ações afirmativas no ensino superior, como as cotas raciais.

É membro da Coalizão Negra Por Direitos e um dos principais articuladores da campanha nacional Tem Gente com Fome que, em 2021, arrecadou mais de R$ 25 milhões e levou cestas básicas, alimentos orgânicos e itens de higiene e limpeza para mais de 100 mil famílias, a maioria formada por pessoas negras e periféricas, em todo Brasil. A campanha foi destaque na imprensa nacional e internacional, repercutindo em jornais de grande expressão como o The New York Times.

Co-coordenou o projeto Jovens Negros e o Mercado de Trabalho, junto ao Banco Mundial, em parceria com Instituto de Referência Negra Peregum e Afro-Cebrap. Também através de Peregum, articulou o projeto Agentes Populares de Saúde que, no período da pandemia de Covid 19, levou atendimento médico, psicológico, assistencial e jurídico para mais de 800 pessoas moradoras das periferias de mais de 15 cidades no Estado de São Paulo.

Nos últimos anos, tem se aprofundado na luta pelo combate ao racismo ambiental, consolidando-se como uma importante liderança em defesa de um ambiente saudável e justo frente a crise climática mundial. Colaborou para a articulação da participação de delegações do movimento negro nas Conferências da ONU sobre as Mudanças Climáticas, COP26 e 27, em Glasgow na Escócia em 2021 e Sharm Sheik no Egito, em 2022. Também em 2021 promoveu a visita de delegação do movimento negro ao Congresso Alemão e Espanhol e prefeitura de Paris, na França, para discussão de estratégias para minimizar as degradações do meio ambiente e dialogar sobre a atuação do movimento negro para combater o racismo no campo e nas cidades.

Através de articulação da Coalizão Negra por Direitos, denunciou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, a crescente violência policial que se agrava no Brasil e vítima sistematicamente vidas negras, como no caso da morte de 9 jovens moradores da favela do Paraisópolis, zona sul de São Paulo, em um baile funk. Em função destas agendas, participou de sessões oficiais da CIDH em Washington nos EUA, Kingston, na Jamaica, e Porto Príncipe, no Haiti. No mesmo ano esteve no Congresso dos EUA para buscar apoio de parlamentares para barrar o acordo de entrega da base aeroespacial de Alcântara, no Maranhão, território quilombola onde vivem mais de 800 famílias, entre Bolsonaro e Donald Trump. O deputado Hank Johnson recebeu a comitiva da Coalizão Negra e na tribuna exigiu uma consulta pública às comunidades quilombolas antes da realização do acordo. A articulação foi vitoriosa e fez com que o Senado norte-americano vetasse o uso de verbas do governo para esse fim.

Com a comitiva do Movimento Negro, participou da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, em Brasília, para denunciar, ponto a ponto, o Pacote Anticrime de Sérgio Moro e propor um projeto de lei que regula a abordagem policial.

Com trabalhos pela Educafro e Uneafro-Brasil, são mais de 22 anos construindo a organizações que, com autonomia, criou um sistema de ensino que atendeu milhares de estudantes negros, periféricos, quilombolas e indígenas, muitos aprovados nas melhores Universidades do país, com plataforma de ensino e metodologia própria.

São anos atuando no campo da educação e da defesa da infância, juventude e Direitos Humanos. Foi integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) biênio 2015-2016; Foi Coordenador de Articulação de Projetos do Fundo Brasil de Direitos Humanos entre 2017 e 2022; Foi Fellow Ship da Fundação Open Society, de fomento à lideranças negras da diáspora africana no ano de 2018-2019; Foi articulador de formação da Frente Pró-Cotas Raciais do Estado de São Paulo e do Comitê de Luta Contra o Genocídio entre os anos de 2009 e 2015. 

Criado na periferia de Poá-SP, filho da dona Elza, mulher negra, trabalhadora doméstica, e do Seu Mineiro, homem da roça, peão de fábrica e dono de boteco, fugiu das estatísticas que revelam a morte violenta de um jovem negro a cada 23 minutos no Brasil. Foi o primeiro da família a se formar num curso superior. Tornou-se professor, organizador de grandes atos contra o racismo no Brasil, foi colunista de grandes portais como Uol e Carta Capital e palestrante convidado na Universidade do Texas, Universidade de Brown, em Providence, Universidade de San Diego, na Califórnia, e por duas vezes em Harvard & MIT, em Boston.  É uma das principais lideranças do movimento negro e do movimento de defesa dos direitos humanos no Brasil. Um homem negro vivo no país escravagista que mais mata pessoas negras no mundo.

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